Esta Fazenda servia como reduto privado do potentado potiguar,
Teodorico Bezerra, como um do(s) último(s) espaço(s) de poder, paralelo a nação
brasileira, ainda remanescente no interior do Nordeste, na segunda metade do
século XX.
Irapuru sobreviveu como um verdadeiro estado independente e/ou o
“mundo” particular nos sertões do SERIDÓ Norte-Rio-Grandense, pois
tinha uma econômica autônoma e isolada da realidade onde estava inserida,
tornando-a assim uma cidadela ou comunidade separada do mundo a sua volta,
tratada como uma comunidade particular e que, tinha um código de leis próprias,
estabelecido pelo major-coronel, como é um caso sui generis, do período, pelo
modo de vida dos seus moradores que obedeciam incontestavelmente à figura do
major-coronel Teodorico Bezerra, que exercia o poder e o mando, como de um
verdadeiro “Imperador do Sertão.”
Irapuru era transformada em um espaço de ordem local paralela ao
estado e município que estava inserida, tornando-a assim, em um ambiente ímpar
e particular do momento, além do período em perdurou o sistema coronelista.
FONTE – WIKIPÉDIA